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Ética: a base para o seu sucesso.

  • Foto do escritor: Carol Camini
    Carol Camini
  • 19 de fev. de 2019
  • 5 min de leitura

Alguns artigos atrás, escrevi sobre os deveres e responsabilidades que toda pessoa precisa conhecer antes de iniciar o seu negócio, todos eles relativos a atividade laboral diária, relação com empregados e clientes, qualidade e pontualidade do produto ou serviço oferecido. Hoje, porém, quero aprofundar um pouco mais, trazendo para vocês o tema da ética.

O motivo de escrever sobre a ética não é outro senão a observação que tenho feito de que, até mesmo entre profissionais que se declaram publicamente como católicos, tem acontecido episódios que demonstram uma profunda ausência de ética e moral em relação aos outros, sejam estes seus clientes, sejam concorrentes.

Esse fato é uma lástima! Pelo simples fato de que uma pessoa sem ética não é verdadeira, e, portanto, acaba perdendo, ao longo do tempo, a sua credibilidade, especialmente junto daquelas pessoas que parecem ter um dom de discernir o que é falso do que é verdadeiro. Se você, empreendedora católica, não tiver consciência da importância da ética em seu empreendimento, o seu negócio pode ter os dias contados antes mesmo da ideia sair do papel.

A primeira coisa que se deve saber é que, para o católico, a moral está para a ética, assim como a ética está para a moral. Esses dois elementos devem caminhar juntos, como se fossem uma única coisa. Um católico aborda a moral do modo como a Igreja a elabora, ou seja, a moral natural, que é a estrutura criacional de Deus, e está pautada nos dez mandamentos. Ainda que o mundo contemporâneo queira nos dizer que moral é algo relativo ou uma criação cultural, o católico não deve dar crédito a esses discursos, pois a moral natural é imutável.

Pode-se dizer que a ética é a norma que rege os princípios do ser humano, que o orienta, indica o caminho. E a moral transforma a ética em algo efetivo, em ação. Essa ação pode variar no sentido do seu modo de execução, no tempo que se leva para fazê-la, mas não varia em sua essência. Por exemplo:

O princípio “Não matarás” é algo permanente, imutável, antiético e amoral. Não importa se sou eu quem mato ou se eu mando matar. Se serei presa ou ficarei impune. Matar sempre será, em si, antiético e amoral, em qualquer tempo e em qualquer sociedade que se preze.

Compreendendo, então, o que é a moral e a ética, e a relação que possuem esses elementos entre si, qual é a importância de ser uma pessoa ética e fazer com que esse elemento transpareça nas minhas ações, na forma do exercício da moral verdadeira e católica, dentro do funcionamento diário do meu negócio?

Vamos analisar. Eu inicio um negócio de colcha de retalhos, por exemplo. Estruturo meu negócio, começo a divulgar nas redes sociais, produzo alguns modelos e decido coloca-los à venda, seja no Instagram ou em um site criado para esse fim. Os clientes começam a entrar em contato e a fazer os seus pedidos. O primeiro cliente pede o modelo 1. Ao ir no meu estoque vejo que não possuo mais o tecido idêntico ao pedido pelo meu cliente. Qual seria a atitude correta a se tomar? Entrar em contato com o cliente e comunica-lo imediatamente, mesmo correndo o risco de não finalizar essa venda, pois o produto que o cliente deseja é aquele modelo de colcha número 1 que é feito com aquele tecido que você não tem mais no seu estoque.

Alguns empreendedores, porém, tomam um caminho oposto. Enrolam o cliente dizendo que o tecido está para chegar, e até percorrem mesmo todas as casas de tecido da sua cidade nutrindo a esperança de encontrar um tecido igual. Outros chegam ao disparate de produzir e enviar um produto com o tecido diferente daquele pedido pelo cliente, com o pensamento criminoso de que ele não vai querer devolver o produto quando vir que é tão bonito quanto o que ele tinha pedido.

Um outro exemplo, também bastante recorrente, é o de ir aceitando uma quantidade de trabalhos que você não dá conta de entregar no prazo pré-determinado. Uma pessoa que trabalhe fazendo roupas por encomenda, por exemplo, deve conhecer profundamente o seu processo de produção, principalmente o tempo que leva para criar cada peça. Assim será capaz de estipular quantas peças de roupas consegue produzir em uma semana para serem entregues ou enviadas aos clientes no fim dessa mesma semana. Isso é importantíssimo!

Quando você costureira-empreendedora aceita mais trabalho do que aquele que dá conta de fazer, seja por desconhecimento do processo, seja por ganância (dinheiro ou até mesmo desejo de crescer rápido demais) está dando um tiro na semente do seu negócio, pois: você vai atrasar a produção; na pressa de terminar logo, você pode pecar no acabamento das peças; se o volume for extremamente maior, você vai atrasar todas as entrega; entre outros mil problemas.

A maioria das empreendedoras que cometem esses atos antiéticos, muitas vezes se veem nessa situação simplesmente por não estarem preparadas para enfrentar os problemas. Por não possuírem o conhecimento profundo de uma ética e da moral católica que se alcança por meio da vivência de uma fé profunda e autêntica. Elas erram por medo de dizer a verdade aos clientes, por orgulho de assumirem que cometeram erros e pedir as mais sinceras desculpas e oferecerem reembolso. E quando fazem isso, desconsideram a ética e agem de forma imoral.

Da mesma forma, uma empreendedora que difama a concorrência não merece crédito algum. Ou aquela que “para vender o seu peixe” precisa dizer que o peixe da concorrência é podre, que o conceito da outra está equivocado, também merece receber uma medalha vergonhosa com os dizeres “antiética e imoral”.

Eu vou pedir para vocês, expressamente: nunca façam isso! Nunca! Essa é uma atitude vergonhosa, e que até mesmo te descaracteriza como ser humano. Esse tipo de atitude matará a sua credibilidade, a imagem do seu negócio, e também a sua própria, pois você está mentindo para o seu cliente, difamando a sua concorrência, enganando o seu próximo.

O ser humano é inteligente e ninguém gosta de ser enganado nem difamado. Pode ter a certeza que o cliente ou concorrente que se sentir lesado vai pedir contas das suas ações, seja por processo judicial, no caso da concorrência, seja por exposição da sua falta de moral nas redes sociais que darão voz ao seu cliente insatisfeito e espalharão a sua má conduta. E pronto: "Aqui jaz o seu negócio!" Falido simplesmente porque você não teve a ética que precisava para leva-lo com verdade.

Por isso, seja sempre ética. Expresse-a por meio das ações, sendo uma pessoa moralmente louvável. Seja verdadeira. Seja caridosa e ajude outras empreendedoras. Seja humilde. Assuma os seus erros, peça perdão por eles e procure não cometer os mesmos erros novamente. Essa é a base para o seu sucesso!


Fontes:

Sobre os conceitos de ética e moral


"Professor Felipe Aquino e Padre Paulo Ricardo conversam sobre Moral Católica", in: https://www.youtube.com/watch?v=n53xbPcD2eo&t=2s.


"Diálogo sobre a Moral e a Ética: professor Olavo de Carvalho".



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